quinta-feira, 26 de junho de 2014

PLANTAÇÃO DE AMOR


Resolvi que iria fazer uma plantação de Amor bem atrás de minha casa.o Jardim com uma cerca baixa vermelha para representar o sentimento que ali cresceria.Peguei algumas sementes com meus pais e com aquela professora de cabelos loiros que tive no primário.Eu andei roubando umas daquele menino chato de cabelos pretos que andava para cima e para baixo com aquela mochila preta que era mais arrastada no chão do que usada nos ombros.Também andei pegando algumas nas tardes com minha vó onde fazíamos bolo de chocolate.
Enquanto eu cavava a areia entendi oque significava o amor,quer dizer quando passei,a entender aquele sentimento,por que ao entender ele eu passei gostar de ser iludida.Enquanto eu sujava as minhas mãos cavando,vi pessoas chegando e indo embora de minha vida.Nunca me importei com o tempo que elas passaram a meu lado,porem me apeguei a forma como elas me abraçavam,comecei a entender quem realmente gostava de mim quando via os olhos delas se fecharem em minha volta,aquilo era uma das coisas mais importante do mundo a meu ver.Também entendi que amor não é prender alguém e sim  deixar essa pessoa ir e saber que se ela me ama, de uma forma ou de outra ela ira voltar.
  Ele ao contrario de todas as outras pessoas que acreditei que  retornariam,não tornou mais a me chamar de “sua.” Com ele não me preocupei com ciumes e nem com possessão,para mim ele,o garoto de palavras iria ser diferente.Entretanto estar com ele,fez com que a tempestade chegasse logo,e me tirando o tempo para fazer novas mudas de amor.Estar com ele fez com que a cerca vermelha se quebrasse e no lugar onde havia as pequenas mudas de amor,restou apenas buracos,como se tivesse apenas pedras de gelo.Com ele meu príncipe encantado,fez com que meu jardim se tornasse vazio.
As sementes de amor ainda estavam ali,mais sem ele,e eu desisti de cuida-las pois estava sem forças.Eu não quis saber de finais felizes,nem de construir uma nova cerca,eu quis ele,porem ele não me estava disponível.No final das contas,não importava quantas pessoas haviam me dado amor,ou quantas pessoas me ensinaram o tanto de vezes que deve  regar a plantação,sem ele tudo parece sem sentido,muito menos cultivar um sentimento que parecia somente digno dele.
Então,assim,sem querer,parei de amar.

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